Olá leitores da Ribeira empresa de limpeza de caixa d’água,
Neste artigo vamos falar sobre as Doenças Transmitidas pela Água, doenças relacionas ao conto com a água e doenças associadas a vetores que se desenvolvem na água.
É difícil acreditar que a fonte de toda vida pode representar um risco de morte, no entanto s abemos – basta abrir os jornais – que uma vasta gama de doenças relacionadas e transmitidas pela água (ou à falta dela) atinge, todos os dias, um grande contingente humano.
A água mata nos países pobres. Mata porque é escassa e, sobretudo, porque é ruim; mata porque poços, mananciais, rios e fontes são continuamente contaminados por esgoto e por efluentes de indústrias, e porque é assim, suja e sem tratamento, que ela chega a populações inteiras.
A morte pela água é típica das situações extremas, de guerra e miséria. Na Guerra do Paraguai, no século 19, uma epidemia de cólera espalhou-se pelos campos de batalha e, após dizimar soldados, atingiu as cidades banhadas pela bacia do Prata; a mesma doença disseminou-se em 2010, no Haiti devastado pelo terremoto; até 2014, matou 8 mil pessoas e não está inteiramente controlada. Entre um e outro século, essa e muitas outras moléstias continuaram fazendo vítimas em todo o mundo.
Essa realidade convive com outra, bem diferente: a água que é peça fundamental nos tratamentos de saúde, que mata a sede e que, engarrafada, movimenta um amplo mercado. É necessário romper o ciclo de sujeira e da doença para que todos possam usufruir dos benefícios da água de boa qualidade e em quantidade suficiente. Benefícios que incluem saúde, beleza e prazer – o básico – para todos nós.
Os números assustam: segundo a ONU, todos os anos ocorrem 3,5 milhões de mortes relacionadas à água, sobretudo nos países em desenvolvimento.
Grande parte das vítimas é criança: estima-se que cerca de 1,5 milhão de crianças de menos de cinco anos morrem por diarreias provocadas pela ingestão de água contaminada. As Nações Unidas afirmam, ainda, que cerca de 10% das doenças espalhadas pelo planeta poderiam ser evitadas por meio de saneamento e melhora da qualidade da água.
A forma como a água atua na propagação dessas doenças é variável; por isso, a maior parte dos sanitaristas e estudiosos do assunto divide os distúrbios de fundo hídrico em dois grandes grupos: o das doenças transmitidas pela água e o daquelas originadas pela água.
No primeiro grupo a água é o meio de disseminação dos agentes (bactérias, vírus, parasitas) que causam moléstias. No segundo, é a causa primária, contaminando os consumidores com os poluentes que carrega. Duas faces da mesma situação.
Doenças de transmissão hídrica
A falta de saneamento básico, de rede de esgoto e de educação sanitária faz da água o principal vetor para a propagação de uma longa série de doenças infecciosas, que podem ser classificadas segundo sua forma de transmissão.
Com suporte da água
Causadas por micro-organismos presentes na água, as moléstias deste grupo transmitem-se pelo ciclo oral-fecal: o indivíduo contrai a doença ao beber água contaminada e, por sua vez, contamina a água com suas excreções (fezes ou urina).
Entre essas doenças estão a cólera, a febre tifoide e disenteria bacilar, infecções intestinais causadas por bactérias. Todas provocam febre e diarreia de intensidade variável, mais perigosas, podendo conduzir rapidamente à desidratação. A disenteria amebiana é causada por um protozoário – uma ameba cujos ovos (cistos) são comuns em água contaminada por fezes humanas.
Uma vez ingeridos, os cistos eclodem no intestino do portador, causando úlceras ou diarreias, podem ainda alcançar a corrente sanguínea, alojando-se no fígado, nos pulmões e no cérebro. As complicações nesse caso são graves e às vezes levam à morte, leva de três semanas a um mês. Os adultos são mais propensos às formas mais graves (as “hepatites fulminantes”); ainda assim, esses casos são incomuns – atingem menos de 1% dos infectados.
Uma enfermidade sobre a qual o mundo conseguiu avançar é a poliomielite, uma doença viral aguda causada por um vírus transmitido pela água ou por alimentos contaminados. O vírus destrói as células nervosas que controlam os músculos, paralisando-os; embora possa acometer pessoas de qualquer idade, é mais comum em crianças, motivo pelo qual é conhecida como “paralisia infantil”.
Teve alta incidência no Brasil até a década de 1980. Graças a um programa de vacinação em massa, a pólio foi erradicada do país; o último caso registrado oficialmente ocorreu em 1989; em 1994 a Comissão Internacional para Certificação da Pólio oficializou a erradicação da doença na América Latina. A vitória, porém, não foi mundial e a atenção deve ser contínua: a doença ainda é endêmica no Afeganistão, na Nigéria e no Paquistão, e, em maio de 2014, a ONU declarou emergência mundial ao detectar vírus em dez outros países.
Doenças transmitidas ao contato com a água
Incluem-se aqui as infecções contraídas pelo contato entre a pele e a água. O exemplo clássico é a esquistossomose, doença amplamente distribuída pelo mundo e pelo Brasil (há 7 milhões de infectados no país).
A doença é causada por um verme – o esquistossoma – cujos ovos são eliminados pelas fezes ou pela urina do portador; na água, os ovos eclodem, produzindo larvas que se alojam num tipo específico de caramujo aquático. Esse caramujo, por sua vez, produz um segundo tipo de larva que penetra no homem através da pele, dando continuidade ao ciclo.
Outra doença de contato é a leptospirose, que acomete primariamente animais – entre eles o ralo, grande vilão da transmissão urbana da doença. Abundante nos esgotos das cidades, o rato elimina a bactéria leptospirose pela urina. Enchentes e inundações levam a água contaminada por essa urina até a população; a bactéria penetra no corpo humano na pele (se houver cortes ou arranhões, o contágio é ainda mais fácil).
Também é possível contrair a bactéria pela ingestão. A doença provoca febre, diarreia, dor abdominal e eventualmente icterícia, hemorragias e meningite; pode comprometer o funcionamento dos rins. Segundo a Fundação Oswaldo Cruz, em 10% dos casos graves são registradas situações de coma e morte.
Doenças transmitidas e relacionadas a vetores que se desenvolvem na água
A água, sobretudo a parada, é o habitat perfeito para o desenvolvimento de vasta gama de insetos transmissores de doenças. Três doenças são endêmicas em diversos países em desenvolvimento, inclusive no Brasil.
A dengue é uma infecção aguda provocada por um vírus transmitido pela picada do mosquito Aedes aegypti. A pessoa acometida apresenta sintomas semelhantes aos da gripe, com febre alta, dores pelo corpo e cansaço.
Pacientes que têm dengue uma vez, se novamente infectados pelo vírus, podem desenvolver a variedade hemorrágica da doença – mais perigosa e muitas vezes letal. Assim, as regiões em que a incidência da dengue é alta apresentam também maiores índices de dengue hemorrágica.
O Aedes aegypti também é responsável pela transmissão da febre amarela, que ocorre em todas as regiões do Brasil. A doença provoca febre alta e dores musculares, e normalmente regride após cinco dias. Números do Ministério da Saúde mostram que cerca de 10% dos pacientes evoluem para a forma mais grave, apresentando hemorragias, vômitos, diarreias e icterícia (amarelamento dos olhos e da pele, o que explica o nome da doença). Cinquenta por cento desses casos graves resultam na morte do paciente. No entanto, se consideradas todas as formas da doença, esse índice varia de 5% a 10%.
A malária é transmitida pela fêmea do mosquito Anopheles, que, assim como o Aedes aegypti, procria em águas paradas e limpas (o que não significa, evidentemente, que águas paradas e sujas sejam preferíveis).
Na década de 1940 havia no Brasil 8 milhões de casos; hoje a doença prevalece na Amazônia Legal (região que abrange Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins e parte do Maranhão), embora haja registros de casos isolados nas regiões Sudeste e Sul, principalmente no Rio de Janeiro. Os sintomas inicias confundem-se com os da gripe. Sem tratamento, porém, a doença pode causar lesões nos rins, pulmões e cérebro.
Algumas doenças de transmissão pela água
Com suporte água
- Cólera – Agente: Vibrio cholerae (vibrião colérico) – Transmissão: Água/alimentos (sobretudo frutos do mar)
- Febre tifoide – Agente: Salmonella tiphy – Transmissão: Água/alimentos (sobretudo lacticínios)
- Disenteria amebiana – Agente: Protozoário (Entamoeba histolítica) – Transmissão: Água/alimento contato direto
- Disenteria bacilar – Agente: Bactéria do gênero Shiguella – Transmissão: Água/alimento contato direto
- Hepatite A – Agente: VHA (vírus da hepatite A) – Transmissão: Água/alimento contato direto
Relacionadas à higiene
- Tracoma – Agente: Bactéria (Chlamydia trachomatis) – Transmissão: Contato direto com secreções ou objetos infectados
- Escabiose (sarna) – Agente: Ácaro (Sarcoptes scabiei) – Transmissão: Contato direto com pessoas ou objetos (roupas, toalhas) infectados
Causadas por contato com a água
- Esquistossomose – Agente: Verme (Schistosoma mansoni) – Transmissão: Contato da pele com água contaminada por larvas produzidas pelo caracol, hospedeiro
- Leptospirose – Agente: Bactéria (Leptospira interrogans) – Transmissão: Contato da pele com água contaminada por urina de ratos, os mais comuns hospedeiros da bactéria
Causadas por vetores que se reproduzem na água
- Dengue – Agente: Vírus do gênero Flavivirus – Transmissão: Picada do mosquito Aedes aegypti, hospedeiro intermediário
- Febre amarela – Agente: Vírus do gênero Flavivirus – Transmissão: Picada do mosquito Aedes aegypti, hospedeiro intermediário
- Malária – Agente: Protozoário (Plasmodium) – Transmissão: Picada do mosquito Anopheles
Ribeira Dedetizadora e Desentupidora